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  • Foto do escritorÂndrea Potenza

Carambola, fruta amarela.




Carambola Fruta Amarela

Por Analice Albuquerque Barbosa


Era um tempo de seca,

De cinza se cobria a mata

E os animais desesperados,

Estavam quase sem nada.


Uma noite, bem cansados,

Foram logo dormir.

Quando, de repente,

Uma linda árvore se fez surgir.

Tinha frutas amarelas,

Diferentes da paisagem,

Ninguém ali conhecia

A fruta daquela imagem.


A fruta tão diferente

Parecia ser gostosa.

Poderia ser azeda?

Ou seria venenosa?

Dona coruja sabida falou,

Da cabeça da bicharada:

Do que não conhecemos,

Não podemos comer nada.


Tiveram logo uma ideia,

E após uma reunião

Escolheram dona anta

Para representante da população.

Falar com Deus ela foi

E o mestre explicou direitinho,

Voltou do alto saltitante

Cantando bem bonitinho:


Carambola, carambola,

Não posso esquecer teu nome.

Carambola, carambola,

O meu povo tá com fome.


No meio do caminho

Vivia a bruxa malvada,

Que ao ouvir a cantoria

Ficou logo aperreada.


Que cantoria é essa,

Que aqui vem me incomodar?

Prontamente a anta parou

Para à bruxa explicar.

Ruim como ela só,

Fez logo uma embolada.

E para complicar

Cantou bem alto, a danada.


Caranguejo, caramujo,

Carrapato, carrapicho,

Carrapeta, carraspana,

Carapaça, carabina.


Pobrezinho do bichinho,

Fez a maior confusão.

E logo se esqueceu

De cumprir sua missão.


Coitados dos animais,

Estavam mais agoniados,

Fizeram outra reunião,

Tatu foi o mais votado.

Após ouvir a explicação,

Ele voltou animado.

E cantava para o mestre

Bem alto e afinado.


Carambola, carambola,

Não posso esquecer teu nome.

Carambola, carambola,

O meu povo tá com fome.


Ainda incomodada,

A bruxa a interferir:

Que cantoria é essa, tatu-bola,

No meu ouvido a zunir?


Parando para explicar,

Acabou se dando mal.

A bruaca assombrada,

Era uma péssima rival.


Caranguejo, caramujo,

Carrapato, carrapicho

Carrapeta, carraspana,

Carapaça, carabina.


O tatu voltou para casa

Totalmente envergonhado,

Pois caiu na armadilha

Do plano que foi armado.


O jabuti, tão calminho,

Foi a última opção,

Que então se transformou

Na esperança da nação.


Da reunião do céu,

Ele voltou decidido:

É hoje que o nosso problema

Vai ser logo resolvido.


Carambola, carambola,

Não posso esquecer teu nome.

Carambola, carambola,

O meu povo tá com fome.


A bruxa, que era astuta,

Malvada como ela só,

Vendo aquela empolgação

Quis deixá-lo na pior.


Caranguejo, caramujo,

Carrapato, carrapicho

Carrapeta, carraspana,

Carapaça, carabina.


Mas o esperto jabuti,

Ouvidos nem lhe deu,

Seguindo o seu caminho,

Pensando no povo seu.


Carambola, carambola,

Não posso esquecer teu nome.

Carambola, carambola,

O meu povo tá com fome.


Aquela bruxa ranzinza,

Que era muito malvada,

Atirou longe o bichinho

Para fora da estrada.


Mas ele tem um segredo,

É um bicho especial,

Escondendo-se no casco

Não sofre qualquer mal.


E a bruxa tão malvada,

Com isso não se conformou,

E para maltratar o bicho

Várias pedras ela atirou.


E outra vez o jabuti,

Pelo casco protegido,

Livrou-se daquele ataque

Confiante e decidido.


Carambola, carambola,

Não posso esquecer teu nome.

Carambola, carambola,

O meu povo tá com fome.


Quando ela desistiu,

O herói comemorou

E uma nova melodia,

Todo mundo, então, cantou:


Carambola, carambola,

Eu não esqueci teu nome.

Carambola, carambola,

Meu povo matou a fome.


Nós adoramos principalmente a parte da musiquinha. :)


Com carinho, Ândrea, Bento e Natan.

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