Carambola, fruta amarela.
- Ândrea Potenza
- 1 de jun. de 2024
- 2 min de leitura

Carambola Fruta Amarela
Por Analice Albuquerque Barbosa
Era um tempo de seca,
De cinza se cobria a mata
E os animais desesperados,
Estavam quase sem nada.
Uma noite, bem cansados,
Foram logo dormir.
Quando, de repente,
Uma linda árvore se fez surgir.
Tinha frutas amarelas,
Diferentes da paisagem,
Ninguém ali conhecia
A fruta daquela imagem.
A fruta tão diferente
Parecia ser gostosa.
Poderia ser azeda?
Ou seria venenosa?
Dona coruja sabida falou,
Da cabeça da bicharada:
Do que não conhecemos,
Não podemos comer nada.
Tiveram logo uma ideia,
E após uma reunião
Escolheram dona anta
Para representante da população.
Falar com Deus ela foi
E o mestre explicou direitinho,
Voltou do alto saltitante
Cantando bem bonitinho:
Carambola, carambola,
Não posso esquecer teu nome.
Carambola, carambola,
O meu povo tá com fome.
No meio do caminho
Vivia a bruxa malvada,
Que ao ouvir a cantoria
Ficou logo aperreada.
Que cantoria é essa,
Que aqui vem me incomodar?
Prontamente a anta parou
Para à bruxa explicar.
Ruim como ela só,
Fez logo uma embolada.
E para complicar
Cantou bem alto, a danada.
Caranguejo, caramujo,
Carrapato, carrapicho,
Carrapeta, carraspana,
Carapaça, carabina.
Pobrezinho do bichinho,
Fez a maior confusão.
E logo se esqueceu
De cumprir sua missão.
Coitados dos animais,
Estavam mais agoniados,
Fizeram outra reunião,
Tatu foi o mais votado.
Após ouvir a explicação,
Ele voltou animado.
E cantava para o mestre
Bem alto e afinado.
Carambola, carambola,
Não posso esquecer teu nome.
Carambola, carambola,
O meu povo tá com fome.
Ainda incomodada,
A bruxa a interferir:
Que cantoria é essa, tatu-bola,
No meu ouvido a zunir?
Parando para explicar,
Acabou se dando mal.
A bruaca assombrada,
Era uma péssima rival.
Caranguejo, caramujo,
Carrapato, carrapicho
Carrapeta, carraspana,
Carapaça, carabina.
O tatu voltou para casa
Totalmente envergonhado,
Pois caiu na armadilha
Do plano que foi armado.
O jabuti, tão calminho,
Foi a última opção,
Que então se transformou
Na esperança da nação.
Da reunião do céu,
Ele voltou decidido:
É hoje que o nosso problema
Vai ser logo resolvido.
Carambola, carambola,
Não posso esquecer teu nome.
Carambola, carambola,
O meu povo tá com fome.
A bruxa, que era astuta,
Malvada como ela só,
Vendo aquela empolgação
Quis deixá-lo na pior.
Caranguejo, caramujo,
Carrapato, carrapicho
Carrapeta, carraspana,
Carapaça, carabina.
Mas o esperto jabuti,
Ouvidos nem lhe deu,
Seguindo o seu caminho,
Pensando no povo seu.
Carambola, carambola,
Não posso esquecer teu nome.
Carambola, carambola,
O meu povo tá com fome.
Aquela bruxa ranzinza,
Que era muito malvada,
Atirou longe o bichinho
Para fora da estrada.
Mas ele tem um segredo,
É um bicho especial,
Escondendo-se no casco
Não sofre qualquer mal.
E a bruxa tão malvada,
Com isso não se conformou,
E para maltratar o bicho
Várias pedras ela atirou.
E outra vez o jabuti,
Pelo casco protegido,
Livrou-se daquele ataque
Confiante e decidido.
Carambola, carambola,
Não posso esquecer teu nome.
Carambola, carambola,
O meu povo tá com fome.
Quando ela desistiu,
O herói comemorou
E uma nova melodia,
Todo mundo, então, cantou:
Carambola, carambola,
Eu não esqueci teu nome.
Carambola, carambola,
Meu povo matou a fome.
Nós adoramos principalmente a parte da musiquinha. :)
Com carinho, Ândrea, Bento e Natan.
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